sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Dualismo

As forças entre o bem e o mal, a desforra e o zelo, a repressão e a libertinagem, o centrado e o desenfreado, o amor e a orgia, ying-yang, flutuam. Ponto.
Fato maravilhosamente incontrolável do cotidiano, vivo.
Mas nessa época do ano, véspera de carnaval, parece que se estabelece um desequilíbrio assustador.
Assassinatos, roubos, sequestros, abuso de substâncias, acidentes de carro... aumentam. Estatística não comprovada, verdade, mas as reportagens estão no jornal de hoje, estavam no do ano passado... Pode-se sentir no ar... (eu sinto).
E por isso esta é uma das pouquíssimas fases do ano que eu penso de verdade em religião.
Afinal o carnaval é, teoricamente, um período simbólico de tolerância ao profano para preparação às privações da quaresma. "Adeus à carne" referem-se alguns autores à origem da palavra carnaval, ou "carne nada vale". Forma-se um forte inconsciente coletivo de permissividade.
Pois é, mas para onde foi a convergência do coletivo no momento reestabelecer o equilíbrio logo após??? Alguém se lembra mesmo o que é a quaresma? Alguém ainda pratica? Experiencia? - organização e meditação - uma reciclagem espiritual que deveria ser baseada em inspirações ricas sobre morte, sacrifícios e renascimento.
Talvez alguns poucos, mais iluminados, isoladamente...
Com certeza vou prestar mais atenção "no ar" nesta quaresma... quem sabe eu não tenha nem tentado me conectar com esta segunda parte de harmonização e ela realmente ocorra...
Me despeço sem muita esperança de que eu tenha me enganado,
Mas, estarei fazendo a minha parte... Boas Festas!

Um comentário:

Mari disse...

A eterna busca pelo equilíbrio...equilíbrio de mais, equilíbrio de menos!!?? Nem me arrisco a responder...
Adorei teus textos Mari, parabêns!
Beijo Grande